EMMIR: Bolsa Erasmus para mestrado em migração e relações interculturais na Europa e na África

Estão abertas as inscrições para bolsa Erasmus para mestrado em migração e relações interculturais.  É a oportunidade de estudar em várias cidades da Europa e também na África!  O European Master in Migration and Intercultural Relations (EMMIR) é um programa interdisciplinar que explora os estudos migratórios sob várias perspectivas.

A proposta do Mestrado em Migrações do programa Erasmus Mundus é única, visto que combina a experiência de universidades africanas e europeias. São sete no total: Carl von Ossietzky University of Oldenburg, na Alemanha; Ahfad University for Women, no Sudão; Mbarara University of Science and Technology, em Uganda; University of Nova Gorica, na Eslovênia; University of South Bohemia, na República Tcheca; University of Stavanger, na Noruega; e University of the Witwatersrand, na África do Sul). Além disso, o projeto está integrado com uma ampla rede de parceiros e potenciais empregadores para quem terminar o curso.

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Como é o curso de mestrado em migração (EMMIR)

No primeiro semestre, o mestrado em migração e relações interculturais do Erasmus Mundus é na Universidade de Oldenburg, na Alemanha, onde são oferecidos cursos que abrangem vários aspectos dos Estudos de Migração. Um dos cursos é a Introdução aos Estudos de Migração, que foca na migração global no século XXI. Outro curso aborda a Avaliação e Desenvolvimento de Métodos de Pesquisa para Contextos Transculturais, incluindo a escrita acadêmica e habilidades de apresentação. Há também um curso que trata da Teorização dos Processos de Migração Histórica e Contemporânea, contextualizando a migração africana no cenário global.

No segundo semestre, na Universidade de Stavanger, Noruega, há um curso que explora a Migração entre Tempo e Temporalidade com perspectivas regionais, abordando a migração histórica e contemporânea na Escandinávia, além de oferecer ensino da língua e cultura norueguesa. Outro curso oferece uma teorização sobre Migração e Multiculturalismo, permitindo que os alunos escolham submódulos de acordo com seus interesses, como Migração e Integração, Migração, Fronteiras e Cidadania, e Controvérsias sobre Multiculturalismo.

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No terceiro semestre, os alunos do mestrado em migração na Europa seguem um caminho de mobilidade individual e participam de um módulo focado em uma das universidades parceiras. Além disso, concentram-se em um estágio baseado em projetos, seguindo seu foco de pesquisa individual. Integrados em uma pequena equipe de pesquisa temática, os alunos aprimoram seu perfil individual, vinculando suas perspectivas disciplinares com transdisciplinares, adquirindo conhecimento especializado em uma área específica e desenvolvendo um perfil bi/multilíngue. Durante esse semestre, eles também entram em contato com seu potencial orientador de dissertação de mestrado e utilizam o tempo para desenvolver a proposta da dissertação. As opções de mobilidade para o terceiro semestre incluem universidades na Alemanha, no Sudão, na África do Sul, na Uganda e outras.

No quarto semestre, toda a turma se reúne no início do semestre para na Universidade de Oldenburg, na Alemanha, para se preparar para a dissertação do ponto de vista teórico e metodológico. Este colóquio é realizado em conjunto por todas as universidades parceiras. Posteriormente, grupos de supervisão são formados, participando de colóquios de pesquisa oferecidos nas universidades parceiras. Após o colóquio de proposta, os alunos dedicam o quarto semestre inteiramente à pesquisa e redação da dissertação, que deve ser submetida até 30 de junho. Após a submissão e avaliação da dissertação, os alunos aprovados participam da cerimônia de graduação do EMMIR em Oldenburg.

Além da convivência e do intercâmbio com colegas do mundo todo, os estudantes do EMMIR têm a oportunidade de acumular conhecimento em várias áreas, como estudos culturais, de gênero e em educação e desenvolvimento. A mobilidade dos alunos é uma das principais características do programa. São dois anos de estudo. Aqui no Partiu Intercâmbio vocês podem ler o relato de uma bolsista brasileira do mestrado EMMIR, inclusive.

Bolsa Erasmus para mestrado  do EMMIR

O curso de mestrado em migração na Europa do Erasmus custa 18 mil euros para estudantes não europeus. Contudo, a boa notícia é que ao aplicar, é possível candidatar-se a uma bolsa Erasmus para mestrado. Para isso, é preciso completar a faculdade até dezembro e não ter morado por mais de 12 meses em um país europeu nos últimos cinco anos.

Uma parte dos benefícios para o EMMIR será destinada a estudantes de regiões específicas – e o Brasil é um deles! Para este curso as bolsas Erasmus para mestrado incluem:

• Valor total do curso: 18 mil euros;
• Subsídio mensal de 1,4 mil euros (máx. 24 meses)
• Seguro saúde

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Como se inscrever na bolsa Erasmus para mestrado em migração

Os candidatos ao EMMIR, mestrado em Migração do Erasmus, devem ter a graduação concluída em um campo relacionado aos estudos migratórios (Sociologia, História, Estudos Culturais, Educação, Direito, Economia, Jornalismo, etc). Estudantes que não terminaram a graduação ainda não podem se candidatar.  Além disso, também é requisito que a graduação não tenha sido terminada há mais de cinco anos e também é necessário possuir nível C1 em inglês comprovado.

A candidatura para quem quer concorrer a uma das bolsas Erasmus Mundus para o mestrado em migração pode ser feita de 15 de setembro até o dia 15 de dezembro. Um formulário de inscrição deve ser preenchido em inglês na plataforma disponível. Depois de submetê-lo, o candidato irá receber um email com os detalhes da candidatura.  Todos devem ser em inglês ou alemão, ou estar devidamente traduzidos.

• Formulário impresso assinado e datado;
• Cópia do passaporte;
• CV;
• Carta de motivação (máx. 2 páginas);
• Cópia certificada do diploma de graduação;
• Certificado de proficiência em inglês (TOEFL, IELTS ou outros);
• Outras documentos relevantes ou referências.

Na seleção, serão avaliados os seguintes critérios: desempenho acadêmico, relevância da experiência profissional, motivação do candidato, conhecimento de uma segunda/terceira língua. As aulas começam em setembro de 2025.

Nessa live, você pode ver nossa conversa com brasileiras bolsistas Erasmus Mundus e ver dicas sobre os cursos, as inscrição e outros detalhes.

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Como é ser aluno do EMMIR na Europa?

Renata Campielo, uma bolsista brasileira do programa Erasmus Mundus que terminou o curso EMMIR em 2019 e hoje vive e trabalha na Europa, compartilhou insights valiosos sobre o mestrado em migração na Europa (EMMIR). Ela escolheu esse mestrado devido à sua paixão pelo tema da migração e à oportunidade de imersão em diferentes países, línguas e realidades migratórias. O EMMIR oferece uma experiência nômade, permitindo que os alunos estudem em pelo menos três universidades diferentes, diversificando seus métodos de ensino e construindo uma ampla rede de contatos. Não há um perfil restrito para os selecionados, mas a maioria compartilha um interesse pela temática migratória, e o programa é altamente recomendado para aqueles que desejam explorar a migração a partir de perspectivas micro ou antropológicas.

Renata também destacou os desafios de se mudar a cada seis meses com o programa Erasmus, incluindo a busca por acomodação e a logística das mudanças frequentes. No entanto, ela enfatizou a oportunidade de fazer amigos e participar das atividades oferecidas pelas universidades, apesar do ritmo intenso do mestrado EMMIR, que inclui avaliações em forma de artigos e apresentações em sala de aula. Mesmo para aqueles sem bolsas Erasmus completas, há possibilidades de trabalhar durante o programa, com alguns alunos optando por empregos na Alemanha, Noruega ou aproveitando os períodos de verão para trabalhar. A dica crucial de Renata para futuros candidatos ao EMMIR é ler atentamente sobre o programa e suas exigências e, crucialmente, viajar com bagagem leve.

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