Encontrar gente que tenha estudado nos Estados Unidos, no Canadá ou na Europa não é tarefa muito difícil. Esses destino são super populares e atraem um monte de estudantes todos os anos. Por isso que quando a Clarissa Butelli me escreveu dizendo que queria fazer um relato sobre estudar na China, a minha resposta foi: mas claaaaro! 🙂 A Clarissa estuda Design na PUC- Rio e fez parte dos selecionados para intercâmbio na China do programa Top China 2015 do Santander. Dá uma olhada
“A diferença entre o Top China e a maioria dos outros programas é que, mais do que auxílio financeiro, o programa inclui três semanas de aulas e passeios em parceria com conceituadas universidades chinesas: a Sahnghai Jiao Tong University, onde metade dos alunos do programa estuda, e a Peking University (PKU), para onde os representantes da PUC-Rio foram esse ano.
Fomos para essa super universidade acompanhadas de um professor que também tinha a responsabilidade de dar uma aula para a nossa turma de 50 alunos brasileiros e chineses. Essa é uma das melhores partes do programa: cada professor escolhido pela sua universidade tem o compromisso de dar uma aula/palestra sobre sua área de especialização. Outras oportunidades aparecem, inesperadas, fora da programação oficial: o lançamento da tradução em chinês da revista Granta dedicada a jovens escritores brasileiros.
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Por conta deste evento, conhecemos o departamento de estudos de português da PKU, com professores e alunos fluentes não só na nossa língua, mas também experts na nossa cultura. Um dos organizadores dessa tradução também foi professor de português para os nossos colegas chineses e citava de Guimarães Rosa a Michel Teló.
Durante o intercâmbio na China também tivemos a oportunidade de fazer vários passeios. Alguns, parte oficial do programa, outros conseguidos graças à hospitalidade dos nossos colegas chineses, sempre prontos a traduzir a sinalização, contar um pouco sobre a história local e ajudar a pedirmos um pouco menos de pimenta nos restaurantes. Depois de conquistarmos um pouco de familiaridade com a cidade, podíamos passear com mais independência nos horários livres.
As três semanas do TOP China passaram voando e depois deste intercâmbio todos estamos um pouquinho diferentes. Alguns com novos amigos, já combinando o carnaval do próximo ano. Outros postando vídeos nas redes sociais para matarmos a saudade. E eu, que nunca tinha planejado estudar chinês, já estou cursando o básico eletiva aqui na faculdade e dou o maior apoio para quem quiser tentar a inscrição na próxima edição. Vale muito a pena!”
O concurso Top China é anual e as inscrições abrem geralmente na primeira metade do ano.
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