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Brasileira selecionada para o programa em Harvard, o Village to Raise a Child, conta da experiência

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O programa Village to Raise a Child em Harvard, nos Estados Unidos, seleciona jovens no Ensino Médio que tenham uma solução inovadora para um problema das suas comunidades. O candidato selecionado viaja para os Estados Unidos com as despesas pagas e apresentam sua ideia/projeto no Igniting Innovation Summit on Social Entrepreneurship na Universidade da Harvard.  No caso de times, um integrante tem todas as despesas pagas e os demais precisam pagar apenas as próprias passagens. A Juliana Marinho, do Rio de Janeiro, foi selecionada em 2015 e contou mais sobre o programa e a seleção pra gente.

 

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A estudante de 23 anos, hoje cursa biomedicina na Universidade Federal do Estado do Rio – UNIRIO, mas já se envolveu com pesquisa desde o Ensino Médio ao entrar no Instituto Federal do Rio de Janeiro. Juliana se inscreveu com mais dois colegas para o programa Village to Raise a Child em Harvard com o Hållbar pesticid, um herbicida natural que combate ervas daninhas; e, ao mesmo tempo, acelera a germinação de grãos. O produto desenvolvido por eles pode, então, ser um substituto para os agrotóxicos utilizados na agricultura e pode influenciar de maneira positiva a qualidade de vida dos agricultores.

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No caso da Juliana, o projeto apresentado era super científico, no entanto, isso não é uma exigência do programa. “O meu projeto teve uma pegada bem científica mas projetos sociais ou de empreendedorismo podem se inscrever. O importante é que o projeto se proponha a buscar soluções para algum problema da sua comunidade”, explica a jovem.

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“O nome do concurso é baseado no provérbio It takes a village to raise a child [é necessário uma comunidade para criar uma criança, em tradução livre] que diz sobre a importância da comunidade no crescimento de um indivíduo. Com isso os projetos escolhidos são aqueles que buscam soluções para problemas de sua comunidade causando um impacto positivo”, explica Juliana.

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Como é a seleção do programa Village to Raise a Child em Harvard

O processo de seleção do programa Village to Raise a Child em Harvard é todo online e tem duas fases. “A primeira, consiste no preenchimento de um formulário com dados do projeto e perguntas que exploram como ele impacta a comunidade em que está inserido”, explica Juliana. Além disso, é preciso enviar um vídeo ou apresentação para o comitê de seleção do programa Village to Raise a Child em Harvard na primeira fase.

 

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O vídeo ou apresentação para o programa Village to Raise a Child em Harvard não precisa ser uma mega produção, mas tem que apresentar qual o problema você está tentando resolver e como projeto esta sendo desenvolvido. Todo o material deve estar em inglês, mas a Juliana já avida: “não precisa ter um inglês perfeito pra participar. O importante é conseguir passar a mensagem”.

 

A segunda fase conta com uma entrevista por skype com os 20 finalistas. “Minha dica tanto para o application quanto para a entrevista é pensar qual é o alcance que o projeto pode ter/ou já tem. E principalmente, como a participação no Village to Raise a Child em Harvard ajudará no desenvolvimento do projeto”, orienta Juliana. Os cinco melhores projetos são selecionados e viajam para os Estados Unidos.

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Como é o Village to Raise a Child na Universidade de Harvard

A programação é intensa e dura uma semana. Neste set dias, os selecionados participam de workshops, visitam a universidade e são convidados a assistir algumas aulas. Para Juliana, algumas das atividades ficaram pra sempre na memória: “Lembro-me principalmente de assistir à aula Dinheiro, Mercado e Moral, do renomado professor Michael Sandel, que até então eu assistia online e também conhecer o grupo de brasileiros em Harvard”

No último dia da programação, os jovens apresentam seus projetos no Igniting Innovation Summit on Social Entrepreneurship. “Depois de vários ensaios e ajustes na apresentação com o auxílio dos organizadores; pudemos compartilhar o que estávamos fazendo e receber feedback de pessoas de diferentes áreas. Saí querendo ainda mais criar coisas novas e empreender como uma forma de fazer a diferença no mundo”, conclui Juliana.

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Além disso, para Juliana, a participação no programa Village to Raise a Child em Harvard mesmo depois da volta ao Brasil:  “Devido à visibilidade, pudemos participar de outros concursos; como também dar entrada no processo de patente. Sem dúvidas é uma oportunidade incrível e encorajo muito a participação”

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Bruna Passos Amaral

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Bruna Passos Amaral é jornalista, viajante, entusiasta da educação e apaixonada por idiomas. Na bagagem, são nove intercâmbios – dois nos Estados Unidos, seis na Alemanha e um na Finlândia – e passeios por diversos países. Participe, mande relatos, perguntas ou sugestões. Os comentários no site são sempre respondidos!

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