Como funciona o Jovens Embaixadores nos Estados Unidos e o que eles fazem por lá
As inscrições para o programa Jovens Embaixadores da Embaixada Americana estão abertas. O programa vai selecionar 50 jovens brasileiros de Escola Pública para ir para os Estados Unidos com tudo pago. No entanto, vejo que muita gente fica em dúvida sobre como funciona o Jovens Embaixadores e quais as atividades que os jovens selecionados desenvolvem durante o programa nos Estados Unidos. Falamos muito disso na live com os Jovens Embaixadores de 2018 (o vídeo tá abaixo) e para complementar, a Carla Benfica, de 15 anos, de Lins, em São Paulo, nos mandou um relato contando todos os detalhes.
Bolsas para quem está na Escola
A Carla conseguiu ser selecionada de primeira para o Jovens Embaixadores e pra ela o programa foi um “divisor de águas, algo que ajudou a descobrir novos horizontes e oportunidades”.
Como funciona o Jovens Embaixadores ainda no Brasil
Pra quem não sabe, antes do embarque para os EUA de todos os selecionados para o Jovens Embaixadores, os 50 jovens se encontram em Brasília onde recebem orientação, informações sobre segurança e cultura, se conhecem e tiram o visto para os Estados Unidos. Além disso, rola toda uma programação cultural em Brasília com passeios por monumentos, museus e locais importantes para a diplomacia.
A parte de conhecer os companheiros de viagem é uma parte muito única do programa porque já que tem pelo menos um representante de cada Estado do Brasil, o programa caba sendo um pequena viagem pelo Brasil também, como explica a Carla: “programa não só te leva a vivenciar a cultura norte americana, mas também transformamos nosso conceito de Brasil durante este um mês convivendo com quarenta e nove jovens de lugares totalmente dispersos no território nacional, o que dá a este intercâmbio uma característica única. Lembro-me que logo nos primeiros dias estava tão habituada àquela mistura de sotaques que me vi trocando meu modo de pronunciar várias palavras!”.
Só depois da orientação em Brasília e dos vistos tirados é que os Jovens Embaixadores embarcam pros Estados Unidos.
As atividades dos Jovens Embaixadores nos EUA
Como funciona o Jovens Embaixadores nos EUA? geralmente como a chegada na capital dos EUA, Washington, DC. Digo geralmente porque teve um ano que foi diferente por conta de questões logísticas. A programação em DC é super intensa. “Durante este período, pudemos aprender sobre responsabilidade social, cidadania e áreas de enfoque do voluntariado. Conhecemos algumas escolas e pudemos falar sobre nosso país aos estudantes. Uma das experiências mais marcantes na cidade foi nossa participação na “Martin Luther King’s March”, levantamos a bandeira do nosso país, declaramos nosso orgulho de ser brasileiros, embaixadores do voluntariado jovem e entoamos o grito “Black Lives Matters!” mesmo com a sensação térmica de quinze graus negativos”, conta a Jovem Embaixadora de 2018.
Em DC, os Jovens Embaixadores ficam em alojamentos conjuntos e dividem quarto com adolescentes do mesmo sexo. É tudo muito bem organizado, todo mundo tem hora pra levantar, pra dormir e todo o cronograma precisa ser respeitado para que nenhuma atividade seja perdida. Depois dos dias em Washington, os Jovens Embaixadores são divididos em “host cities”. Essas “cidades anfitriãs” recebem grupos de até 13 jovens e Em 2018, as host cities foram Louisville, no Kentucky. Tulsa, em Oklahoma, Pensacola, na Flórida, e Reno, em Nevada.
As atividades nas host cities
As cidades podem variar um pouco de ano pra ano e as atividades em cada cidade podem ser um pouco diferentes. Até porque um pouco do que cada Jovem Embaixador vai fazer na sua host city depende também dos interesses da família que hospeda o jovem. A Carla ficou em Tulsa, onde morou com uma senhora e suas filhas. “Morei com Cathy e suas filhas Noor e Aleyah, as quais eu carinhosamente chamo de “irmãs” até hoje. Aleyah havia sido uma US Youth Ambassador (versão americana do JE) no Brasil em 2017. Sou cristã e as meninas islâmicas, o que tornou meu intercambio ainda mais transformador pois pude conviver com uma cultura bem diferente da minha e viver harmoniosamente”, explica.
Durante a semana em Tulsa, Carla frequentou a escola com suas irmãs e teve a oportunidade de viver . “Todas as manhãs antes de ir ao colégio eu e Aleyah, com quem dividia quarto, fazíamos nossas orações, cada uma ao seu modo, algo impressionante no contexto do mundo em que vivemos e de que eu me orgulho muito”, comemora. Durante o período com as famílias, os jovens tabém visitam instituições de voluntariado e começam a planejar seus projetos.
A reunião com todos Jovens Embaixadores em Washington
Um detalhe importante para entender como funciona o Jovens Embaixadores é saber que o programa Jovens Embaixadores é financiado pelo Departamento de Estado Americano juntamente com muuuitos patrocinadores no Brasil e nos EUA, a volta para Washington sempre inclui uma visita ao Depto de Estado na qual os jovens contam das suas experiências nos EUA. A reunião com todos os outros participantes também é o momento de cada um apresentar suas ideias para um projeto a ser desenvolvido no Brasil depois da volta do Jovens Embaixadores. De Washington, todos voltam para o Brasil e esse momento é sempre carregado de muita emoção: “a volta para o Brasil foi regada a lágrimas, nos apegamos muito a todo o staff do programa, pessoas que se mostram muito comprometidas e atenciosas conosco”, conta Carla.
“O programa superou minhas expectativas pois vai muito além de um intercâmbio pago pelo governo americano, é uma oportunidade de conhecer pessoas que transformam realidades, sentir-se parte de algo maior e ingressar em algo que chamamos de FamilYA. Espero que nenhum jovem voluntário perca a oportunidade de inscrever-se, e é importante lembrar que uma vez jovem embaixador, sempre jovem embaixador!”, encoraja Carla.
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Neste vídeo, eu falo um pouco da importância que o programa teve na minha vida, sim, eu, a Bruna do Partiu Intercâmbio, fui Jovem Embaixadora em 2003 e aqui eu já escrevi sobre o assunto. Em outras ocasiões já tive o prazer de conversar com participantes mais jovens: a Mirian Ferreira, Jovem Embaixadora de 2015, e a Larissa Moreira, Jovem Embaixadora de 2014, já contaram suas histórias aqui também. Da turma de 2016, conversei com o Jonathan Souza, o Ruan Magalhães a Augusta Saraiva.
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Sobre o autor
Bruna Passos Amaral
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Quem faz?
Bruna Passos Amaral é jornalista, viajante, entusiasta da educação e apaixonada por idiomas. Na bagagem, são nove intercâmbios – dois nos Estados Unidos, seis na Alemanha e um na Finlândia – e passeios por diversos países. Participe, mande relatos, perguntas ou sugestões. Os comentários no site são sempre respondidos!
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