Bruna Amaral mestrado deutsche welle

Mestrado na Alemanha aqui vou (na verdade, estou) eu

Algumas decisões mudam a vida da gente para sempre. Em setembro de 2003, eu tinha 17 anos e embarquei para estudar na Alemanha pela primeira vez. O motivo? fazer um ano do colégio em Düsseldorf para aprender alemão. Até hoje, acho que nunca consegui identificar o verdadeiro motivo por trás da escolha (não tenho descendência, nunca tinha estudado o idioma até então, nem nada parecido).

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Na verdade, até brinco por aí que a escolha foi completamente financeira: dos países de língua não inglesa era o lugar com o programa mais barato de todos. Em parte, deve até ser verdade. Seja por sovinice ou maluquice o fato é que aos 17 anos me joguei de cabeça na experiência de morar em outro lugar e aprender outro idioma.

>>> Mentoria do Partiu Intercâmbio: inscrições abertas

A menina sorridente passeando de patins no primeiro domingo na cidade com a sua host-sister (na foto ali em cima) nem imaginava o que estava por vir. Estudar história, matemática, biologia em alemão sem saber nada do idioma não é assim uma coisa que dê para chamar de fácil. Mas onze meses, muito esforço e 10 kg (!!!) a mais depois, terminei o ano escolar com boas notas, um monte de amigos alemães e de todos os cantos do mundo e o alemão tinindo.

Em 2009, fiz um semestre da faculdade em Tübingen emais um monte de amigos legais :)
Em 2009, fiz um semestre da faculdade em Tübingen e mais um monte de amigos legais 🙂

Terminado meu intercâmbio, acabei voltando várias vezes em situações diferentes: para passear, estudar e trabalhar. O vai e volta só estreitou minhas relações com os lugares, a língua e as pessoas. Tanto é que, lá em 2008, quando fiquei sabendo do Master em International Media Studies (IMS) da Deutsche Welle pensei que era a coisa certa para mim. Dali em diante, fui fazendo tudo que precisava para aplicar para a bolsa: proficiência em alemão, em inglês, dois anos de experiência depois de formada, etc.

Eu tava cumprindo os requisitos do mestrado da Deutsche Welle mas, na realidade, isso tudo me serviria para outras inúmeras oportunidades de intercâmbio e  bolsa de estudos que rolaram nesse ínterim.

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Em Berlim em 2012 com os colegas de IJP

De lá pra cá, a ideia do mestrado foi parar na gaveta várias vezes. Eu me perguntava se isso era pra mim mesmo, se eu era o tipo de pessoa certa para fazer mestrado, se era isso que eu queria, se precisava ser tão longe assim. Apesar das dúvidas, segui no caminho, estudei, juntei experiência e, no início do ano, me inscrevi. Eu tinha todos os requisitos, conseguir entrar não deveria ser problema. O problema era conseguir a bolsa. Porque né, fazendo um esforço, super rola de fazer mestrado na Europa cobrindo os custos (se vocês colocarem no papel o que gastam no Brasil e o que gastariam aqui, muitas vezes acaba dando elas por elas. Eu juro!), mas já que eu ia largar um trabalho bacanérrimo, num lugar cheio de gente e oportunidades incríveis, eu queria ter alguma segurança. E não é que ela veio? 🙂

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Eu em 2015 no meu último ano de mestrado na Alemanha

E dez anos depois daquela primeira foto na Alemanha, cá estou eu de novo. Não em Düsseldorf, mas em Bonn – que é quase do lado – para mais um longo período por aqui. Não sei se é um sinal do universo, se é um ciclo que fechou para esse novo abrir ou se é pura coincidência. Acho que só vamos descobrir se é pegadinha da vida ou não no final 😉

Então, por enquanto, eu só posso dizer que estou curiosa para descobrir e que as aulas começam em outubro. No mais, repito aquele blá blá motivacional (que eu já esmiucei aqui e aqui): não fiquem procurando motivos pra adiar os estudos fora! Tem um monte de bolsa por aí é só procurar e se preparar que rola. O mais importante é tentar, ir atrás.

>>> Motivos para aprender alemão

Mais sobre o mestrado da Deutsche Welle para jornalistas

Tá. Deu de conversa. Vou voltar para a minha nova vida aqui. Sempre que der, conto umas coisinhas aqui, espero que vocês gostem.

Tchüssi!

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Sobre o autor

Bruna Passos Amaral

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12 comentários em “Mestrado na Alemanha aqui vou (na verdade, estou) eu”

  1. Olá Bruna! Tenho 16 anos e sou de Recife, to doido pra fazer um High School na Alemanha mas meu nível de alemão eh bem baixinho (A2), como foi que tu fizesse? Estudasse em Alemão msm?? Como é estudar história, química e tudo mais em alemão? Não tem nada certo mas já to sentindo o gostinho do Apfel Berliner kkk. Aproveita bastante e Boa Sorte!!

  2. Sophia Pereira de Faria

    Bruna! Descobri esse blog seu e não largo mais! Eu me matriculei no alemão aqui no Brasil e quero muito ir pra Alemanha! Eu faço curso superior de Ciências Socioambientais e desde do começo do curso sei que a Alemanha é pioneira na área ambiental. Eu to caçando tudo quanto é bolsa e espero muito conseguir. (Se souber de algo, posta mais) Parabéns e curta muito aí!

  3. Nicole, o visto de estudante te dá direito a trabalhar por até 90 dias (inteiros) ou 180 (meio período) em um ano. Você só pode trabalhar assim que tiver o visto de estudante universitária e pra ter o visto você precisa estar matriculada em uma universidade. Ou seja não tem como trabalhar legalmente antes de começar a estudar.

  4. Oi Bruna, tudo bom? Soube que agora a maioria das universidades alemãs são de graça, porém andei lendo que não é bem assim. Já vi um outro post seu falando que há apenas uma taxa semestral. Queria saber mais informações sobre o visto alemão para estudantes e se posso trabalhar aí com o visto. Me formo em design nesse semestre e penso em ir pra Alemanha semestre que vem. Penso em fazer um Masters no próximo semestre ou ano que vem (porque pelo que andei pesquisando os Masters na Alemanha começam no início do ano). Não falo alemão e ainda não tenho o TOEFL, mas me sairia bem nele. Muito obrigada! Nicole.
    ps: caso o Masters seja só no início do ano, posso passar um semestre sem estudar, apenas trabalhando? vc sabe como funciona o visto nesse caso?

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Quem faz?

Bruna Passos Amaral é jornalista, viajante, entusiasta da educação e apaixonada por idiomas. Na bagagem, são nove intercâmbios – dois nos Estados Unidos, seis na Alemanha e um na Finlândia – e passeios por diversos países. Participe, mande relatos, perguntas ou sugestões. Os comentários no site são sempre respondidos!

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